sábado, 6 de novembro de 2010

Um ano depois, com Paulo Inácio e sem Gonçalves Sapinho… tudo na mesma em Alcobaça!

O Senhor Presidente da Câmara tem aplicado ao seu mandato verbos como manter, continuar, que preocupam o CDS. Também lhe ouvimos empregar os verbos corrigir, mudar, mas que na maioria das vezes não passam de meras expectativas, como os extemporâneos festejos pelo novo Hospital e pelo Hotel no Mosteiro. Ora, Vossa Excelência certamente está consciente de que a maioria absoluta que ainda mantém, se deve ao demérito alheio e não por mérito próprio do PSD e que não pode pretender que tudo fique como dantes.

Passado um ano da sua tomada de posse, o sentimento é de frustração em todos aqueles que acreditavam na “nova dinâmica” e no início da concretização de projectos galvanizadores para o Concelho, ao mesmo tempo que sentem fortes condicionalismos em termos de acção futura.

Mantém-se o distanciamento, de políticas, como a qualificação das pessoas, a criação de emprego, o combate à exclusão social.

O défice orçamental situa-se nos 18,1 M€, nos primeiros oito meses do ano. O CDS alerta para a necessidade urgente de se tomarem medidas sérias no controlo da despesa, nomeadamente dos consumos intermédios da Câmara e Serviços Municipalizados e no controlo do endividamento, de forma a assegurar a sustentabilidade das finanças. O investimento Municipal em aparelhos físicos tem de parar, e o Orçamento de 2011 tem de canalizar as receitas disponíveis para as questões do desenvolvimento económico e para os problemas sociais do Concelho.

O “Plano de Revitalização Financeira do Município”, primeira prioridade do PSD para o Concelho, não passava de discurso eleitoralista.

Estamos perante uma Câmara que mal se consegue pagar a si própria, cujas receitas correntes são insuficientes, para suportar a sua estrutura organizacional, incluindo os políticos eleitos e os de nomeação.

Vamos ficando com uma Câmara cuja prioridade são os investimentos que possam ser subsidiados pelos fundos comunitários, mesmo que sejam, no todo ou em parte, irrelevantes para o desenvolvimento económico do Concelho, como o projecto de Regeneração Urbana da Cidade de Alcobaça e do qual o próprio executivo desconhece qual a percentagem que terá de suportar. A prioridade tem de ser a resposta aos reais problemas do Concelho, como o estado lastimável em que se encontra a estrada que liga Pataias a Alcobaça e a total falta de condições do nosso Mercado Municipal.

Dr. Paulo Inácio, os Alcobacenses não querem que siga o modelo de gestão do Dr. Sapinho, a gestão das obras perenes e dos empréstimos bancários.

A prometida descentralização de competências para as Juntas de Freguesia, a aproximação às populações, o executivo a que Vossa Excelência preside nada fez nesse sentido, justificando-se com a necessidade do controlo dos dinheiros públicos. O CDS lamenta que o PSD manifeste uma incompreensível desconfiança nos autarcas das freguesias, a maioria deles eleitos ou apoiados pelo PSD.

O Parque de Negócios da Cidade vai continuar só a fazer parte dos discursos do Presidente da Câmara?

A Feira de S. Simão vai limitar-se a um pequeno espaço de venda de frutos secos e passados, não se realizando as habituais tasquinhas. O CDS conhece o sentimento das colectividades quanto ao novo figurino da Feira. Não acha legítimo que se sintam descriminadas em relação ao evento dos Doces Conventuais, que vai manter-se no mesmo local e com a mesma visibilidade? Será que a Feira de S. Simão não se enquadra na sua política “de nós para nós”?

Paulo Inácio é co-responsável por todos os grandes erros da anterior governação do PSD, para os quais continua sem solução. Compra da Quinta da Cela, que agora deverá reaver, vender, ou será que já tem o que apelidou de Plano B, “…existe um grande projecto hípico/equestre…”. Compra da Quinta da Serra, para a localização da ALE da Benedita, transformada em Parque de Negócios fantasma.

Alcobaça vai continuar a definhar.



Jorge Esteves de Carvalho

Presidente Comissão Política

CDS-PP Alcobaça

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