segunda-feira, 15 de março de 2010

Poema dedicado ao blog por Augusto Luis

Soneto ao Monte


O pequeno monte caminha só

Caminhar só, já é sina bem triste

Mas do rasto, não se vê nem o pó

Não se move, está parado - já viste.



Parado, e empalado, e entalado

Muito queria que fosse, apenas crise

Gostem ou não, é este o nosso fado

Sorrir, cantar, ter gente que nos pise.



Pela estrada curvilinea, velhinha,

Chegamos ao monte, às obras e jardins

Vemos pomares e horta, muita vinha

Escolas, fábricas - safam-se os patins.



Parado, era afinal pura mentira

Sentimos, retrocede a olhos vistos

Coragem, que a nós ninguém nos vira.



Autarcas, que vitória retumbante

Programas bons, revistos e previstos

Minoria, balido, o bastante!



AFLuís







O Pequeno Monte Caminha Só


É pequeno, pequenino,


Pequenino e apoucado,

Pouco mais que um menino

E tão mal representado!

 
Não sei se será um monte


Ou apenas um outeiro

Afinal, agora é “monte”

Arrastado num caneiro.



Se assim for terei cuidado


Não vá o diabo tramar

E mesmo assim avisado

O meu pezinho sujar.

 
Razão tinha o autarca


Não querer o monte parado

A ideia foi p’ra arca

Aqui fica o desagrado.

 
Mas agora temos voz


Blogue do monte que anda

Une netos e avós

Até assusta quem manda

 
AFLuís


Mar 2010

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