quinta-feira, 4 de março de 2010

Extracção e transformação de rochas ornamentais em análise

O sector nacional das rochas ornamentais (todas as pedras susceptíveis de adquirir brilho ou outro acabamento especial que permite a sua utilização à vista em edifícios ou arranjos urbanísticos, escultura, etc.), trabalha especialmente mármores, granitos, ardósias e respectivas rochas afins. Tem cerca de 1.600 empresas e emprega cerca de 20.000 pessoas. A maior parte destas unidades produtivas são pequenas oficinas de canteiro que apenas fazem corte e acabamento de chapa serrada. O núcleo empresarial de extracção e transformação propriamente ditas é de cerca de 500 unidades a nível nacional. O sector nacional tem um valor bruto de produção de cerca de 650 milhões de euros, sendo quase 60% para exportação. Alcobaça tem peso neste sector, a nível extractivo, num segmento específico das pedras calcárias sedimentares (da família dos “mármores”) que abundam na serra dos Candeeiros e se divulgaram nas últimas décadas sob as designações comerciais de “moleanos”, “semi-rijos”, “vidraços”, “moca-creme” e outras. Existem no Concelho de Alcobaça 28 pedreiras em exploração, sendo a maior parte delas unidades de extracção (SaeR - Março 2004) deste tipo de rochas ornamentais, que o concelho partilha com os de Porto de Mós (zona de maior concentração), Santarém (Alcanede) e Alcanena. O ficheiro de empresas do MSST, referente a 2000, refere 61 empresas neste ramo de actividade. A maior parte localiza-se na zona das pedreiras ou perto delas com maior incidência nas freguesias de Aljubarrota (Prazeres e S. Vicente), Turquel e Benedita. A matéria prima predominante no concelho de Alcobaça é constituída por um tipo de pedra geologicamente caracterizada por calcário sedimentar, muito mais abundante e mais fácil de trabalhar do que os calcários cristalinos (os verdadeiros mármores) do triângulo Borba – Estremoz - Vila Viçosa. Por serem também mais baratos, o seu crescimento na estrutura interna da produção e da exportação tem sido muito acentuado. Por tudo isto, as pedras de uso ornamental que já se tornaram conhecidas interna e internacionalmente pelas marcas regionais já referidas, têm boas perspectivas de evolução nos próximos anos, assim o permita o seu principal sector utilizador, a construção civil e obras públicas.

In: O Alcoa Por: Acácio Ribeiro

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