É com pesar e um sentimento de perca que vos transmito esta notícia, faleceu ÁUREA DA MATA muitas vezes colaborou com este blog, era pessoa multifacetada com um talento acima da média, ficamos bem mais pobres, não vou deixar um adeus mas um até sempre porque ao lermos a sua poesia estamos sempre perto dela....
Aqui fica a ultima que me tinha sido enviada.
Venha conhecer Alcobaça
Venha a Alcobaça e verá
Que não se vai arrepender
Com boa gastronomia
Gente humilde conhecer
Comece pelo Mosteiro
Maravilhoso! Imponente
Embora lhe retirassem
Bonito jardim da frente
Mas o Mosteiro ficou
Mais belo e Majestoso
Há mesmo até quem diga
“Ficou mais harmonioso!”
Mil cento e setenta e oito
Ano de sua fundação
Pela Ordem de Cister
A cumprir voto de doação
Com uma Abadia importante
Dois túmulos maravilhosos
Lá dentro guardada a história
De dois corações amorosos
De pés virados, um para o outro
P´ra que na ressurreição
Se levantem e fiquem juntos
Caminhando mão na mão
Românico, Gótico e Barroco
Tem seu estilo apropriado
Ladeado com esculturas
De S. Bento e S. Bernardo
O resto lhe explicarão
Numa visita guiada
Se eu dissesse aqui tudo!
Curiosidade terminada
Seu Castelo em ruínas
Fica um pouco mais acima
Junto de uma grande casa
Numa bonita colina
Este Castelo tem uma lenda
Que dizem ser de encantar
Dum Mouro que muito lutou
Para o Castelo guardar
Este Mouro, diz a lenda
Gostava de moças belas
Pilhava-as para o Castelo
Para lá ficar com elas
E a lenda ainda conta
Que se uma moça passar
Lá depois do sol-posto
Ainda o ouve cantar
Sentado no tronco de árvore
Com uma voz encantadora
Vestido com fato de árabe
Deixa a moça sonhadora
Levanta-se então e vai
Caminhando p´ró Castelo
Logo a rapariga o segue
Um e outro paralelo
Palácio subterrâneo
Mobilado e decorado
Para que ela fique bem
Algum tempo a seu lado
P´ra não ser enfeitiçada
Leve imagem de Santo
Ou então uma relíquia
Logo lhe quebra o encanto
Mas se passar durante o dia
Não irá acontecer
Pode olhar que não vê nada
Ele vem com o escurecer
Visite e vê como gosta
De ver em baixo a cidade
Alegre e trabalhadora
Sempre em actividade
Um edifício cor-de-rosa
Fica perto, quase ao lado
Por onde passa e está gente
Por quem tenho muito agrado
Pode parar no Rossio
E caminhe um pouco a pé
Sente-se numa esplanada
Peça o seu belo café
Logo será atendido
Com muita delicadeza
Os empregados simpáticos
Tem bom serviço de mesa
Mas cuidado, não estacione
Mesmo em frente da esplanada
Porque se passa a Polícia
Leva multa declarada
Passe na rua das montras,
Muita coisa a visitar:
O Ginásio, as igrejas
O hospital p´ra se tratar
Tem o Armazém das Artes
Onde se respira cultura
Que vem de todas as partes
Com um Mentor à altura
Alcobaça de paixões
Este Armazém favorece
Sempre com exposições
Que o povo agradece
Tem dois rios encantados
O Alcoa e o Baça
Pois foram eles que deram
O lindo nome Alcobaça
A declamar um poema
Eu ouvi com o coração
Dizer que Alcobaça é:
“Uma terra de Paixão.”
Lá disse: Silva Tavares
E eu tenho de concordar
Que “quem passa por Alcobaça
Não passa sem lá voltar…”
Como vê não se arrepende
De Alcobaça visitar
Se não quiser ir embora
Tem hotel p´ra pernoitar.
Termino aqui a história
Que de Alcobaça quis escrever
P´ra que fique na memória
Que há muito p´ra conhecer.
De: Áurea da Mata
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