quarta-feira, 8 de setembro de 2010

Faleceu ÁUREA DA MATA

É com pesar e um sentimento de perca que vos transmito esta notícia, faleceu ÁUREA DA MATA muitas vezes colaborou com este blog, era pessoa multifacetada com um talento acima da média, ficamos bem mais pobres, não vou deixar um adeus mas um até sempre porque ao lermos a sua poesia estamos sempre perto dela....
Aqui fica a ultima que me tinha sido enviada.

Venha conhecer Alcobaça




Venha a Alcobaça e verá

Que não se vai arrepender

Com boa gastronomia

Gente humilde conhecer



Comece pelo Mosteiro

Maravilhoso! Imponente

Embora lhe retirassem

Bonito jardim da frente



Mas o Mosteiro ficou

Mais belo e Majestoso

Há mesmo até quem diga

“Ficou mais harmonioso!”



Mil cento e setenta e oito

Ano de sua fundação

Pela Ordem de Cister

A cumprir voto de doação



Com uma Abadia importante

Dois túmulos maravilhosos

Lá dentro guardada a história

De dois corações amorosos



De pés virados, um para o outro

P´ra que na ressurreição

Se levantem e fiquem juntos

Caminhando mão na mão



Românico, Gótico e Barroco

Tem seu estilo apropriado

Ladeado com esculturas

De S. Bento e S. Bernardo



O resto lhe explicarão

Numa visita guiada

Se eu dissesse aqui tudo!

Curiosidade terminada



Seu Castelo em ruínas

Fica um pouco mais acima

Junto de uma grande casa

Numa bonita colina



Este Castelo tem uma lenda

Que dizem ser de encantar

Dum Mouro que muito lutou

Para o Castelo guardar



Este Mouro, diz a lenda

Gostava de moças belas

Pilhava-as para o Castelo

Para lá ficar com elas



E a lenda ainda conta

Que se uma moça passar

Lá depois do sol-posto

Ainda o ouve cantar



Sentado no tronco de árvore

Com uma voz encantadora

Vestido com fato de árabe

Deixa a moça sonhadora



Levanta-se então e vai

Caminhando p´ró Castelo

Logo a rapariga o segue

Um e outro paralelo



Palácio subterrâneo

Mobilado e decorado

Para que ela fique bem

Algum tempo a seu lado



P´ra não ser enfeitiçada

Leve imagem de Santo

Ou então uma relíquia

Logo lhe quebra o encanto



Mas se passar durante o dia

Não irá acontecer

Pode olhar que não vê nada

Ele vem com o escurecer



Visite e vê como gosta

De ver em baixo a cidade

Alegre e trabalhadora

Sempre em actividade



Um edifício cor-de-rosa

Fica perto, quase ao lado

Por onde passa e está gente

Por quem tenho muito agrado



Pode parar no Rossio

E caminhe um pouco a pé

Sente-se numa esplanada

Peça o seu belo café



Logo será atendido

Com muita delicadeza

Os empregados simpáticos

Tem bom serviço de mesa



Mas cuidado, não estacione

Mesmo em frente da esplanada

Porque se passa a Polícia

Leva multa declarada



Passe na rua das montras,

Muita coisa a visitar:

O Ginásio, as igrejas

O hospital p´ra se tratar



Tem o Armazém das Artes

Onde se respira cultura

Que vem de todas as partes

Com um Mentor à altura



Alcobaça de paixões

Este Armazém favorece

Sempre com exposições

Que o povo agradece



Tem dois rios encantados

O Alcoa e o Baça

Pois foram eles que deram

O lindo nome Alcobaça



A declamar um poema

Eu ouvi com o coração

Dizer que Alcobaça é:

“Uma terra de Paixão.”



Lá disse: Silva Tavares

E eu tenho de concordar

Que “quem passa por Alcobaça

Não passa sem lá voltar…”



Como vê não se arrepende

De Alcobaça visitar

Se não quiser ir embora

Tem hotel p´ra pernoitar.



Termino aqui a história

Que de Alcobaça quis escrever

P´ra que fique na memória

Que há muito p´ra conhecer.



De: Áurea da Mata

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